Mago do Photo
'Mago do Photoshop' lembra início 'arcaico' em 2000 e revela foto inédita
Sueco Erik Johansson cria cenas impossíveis a partir das fotos que tira.
Em entrevista ao G1, ele conta que sua 1ª câmera tinha 1.2 Megapixel.
Aos 25 anos de idade, o artista sueco Erik Johansson possui um portfólio considerável de imagens que ele descreve como "ideias surreais realizadas de forma realística com um toque de humor", e que lhe permite o rótulo de "mago do Photoshop".
Apesar de desenvolver trabalhos publicitários como freelancer, ele não esconde que sua paixão são os projetos pessoais, onde ele extrapola a imaginação criando cenas fantásticas com a ajuda do computador. E as peças são produzidas a partir de fotografias que ele mesmo clica, já que gosta de ser responsável por todas as etapas do processo.
Em entrevista ao G1 direto de Berlim, onde mora atualmente, Erik contou por telefone como foi se descobrir um artista da manipulação das imagens e lembrou das experiências autodidatas que o levaram a aperfeiçoar sua técnica desde cedo, quando aos 15 anos ganhou a primeira câmera digital, com 1.2 Megapixels.
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Formado em engenharia da computação, o sueco toca trabalhos comissionados paralelamente a seus projetos pessoais, e já produziu para empresas como Google, Microsoft e Ikea. No final de 2011, Erik foi convidado para falar sobre viagem no tempo/espaço através da imaginação e imagens em uma "TED Talk" (assista em inglês), série de palestras promovida pela organização sem fins lucrativos TED em torno de temas como tecnologia, entretenimento e design.
Erik aproveitou a entrevista para divulgar em primeira mão pelo G1 seu último projeto pessoal finalizado, a imagem que ele batizou de "Cut and fold" ("Cortar e dobrar", em inglês). Erik fala sobre a ideia na entrevista que segue logo abaixo.
G1 - Li que você ganhou a primeira câmera digital aos 15 anos, no ano 2000. Você começou imediatamente a manipular as imagens que produzia?
Erik Johansson - Eu nunca tinha mexido muito com fotografia. Já tinha tido uma câmera analógica, mas só isso. Então comecei direto no digital, e foi bastante natural começar a modificar as imagens. Comecei brincando, fazendo coisas simples como mover as coisas de lugar, alterar as cores... Eu só estava brincando, mas foi assim que eu comecei a aprender e a desenvolver essa habilidade.
Erik Johansson - Eu nunca tinha mexido muito com fotografia. Já tinha tido uma câmera analógica, mas só isso. Então comecei direto no digital, e foi bastante natural começar a modificar as imagens. Comecei brincando, fazendo coisas simples como mover as coisas de lugar, alterar as cores... Eu só estava brincando, mas foi assim que eu comecei a aprender e a desenvolver essa habilidade.
G1 - Como foi esse começo? Você se lembra de que equipamento usava para fotografar e como foi aprender a mexer nos programas de edição?
Erik - Não lembro o modelo exato, mas minha primeira câmera foi uma Fujifilm com 1.2 Megapixels e um cartão de memória de 32 Megabites, se não me engano (risos). Transferir uma foto para o computador demorava um bom tempo. Não era a melhor câmera da época, mas funcionava bem para mim. E só de conseguir tirar uma foto e passá-la direto para o computador, sem nenhum processo intermediário... Era muito fácil se comparado com o filme. Foi natural esse interesse em manipular as imagens justamente porque me parecia simples demais parar por aí, não era o mesmo processo criativo de desenhar, por exemplo. E eu já tinha afinidade por computadores. Quanto ao software, acho que eu usava o Paintshop Pro, eu tinha a versão gratuita (risos). Ainda não usava o Photoshop. Mas isso tudo era só um hobby nessa época. Hoje eu uso uma Canon EOS 5D Mark II (modelo profissional com resolução de 21 Megapixels).
Erik - Não lembro o modelo exato, mas minha primeira câmera foi uma Fujifilm com 1.2 Megapixels e um cartão de memória de 32 Megabites, se não me engano (risos). Transferir uma foto para o computador demorava um bom tempo. Não era a melhor câmera da época, mas funcionava bem para mim. E só de conseguir tirar uma foto e passá-la direto para o computador, sem nenhum processo intermediário... Era muito fácil se comparado com o filme. Foi natural esse interesse em manipular as imagens justamente porque me parecia simples demais parar por aí, não era o mesmo processo criativo de desenhar, por exemplo. E eu já tinha afinidade por computadores. Quanto ao software, acho que eu usava o Paintshop Pro, eu tinha a versão gratuita (risos). Ainda não usava o Photoshop. Mas isso tudo era só um hobby nessa época. Hoje eu uso uma Canon EOS 5D Mark II (modelo profissional com resolução de 21 Megapixels).
G1 - E quando que o hobby se tornou algo mais sério?
Erik - Foi anos depois, por volta de 2009, quando eu estava estudando engenharia computacional. Um amigo meu comprou uma câmera, e por conta disso eu voltei a me interessar, acabei meio que "descobrindo" a fotografia uma segunda vez. Cerca de um ano depois, eu também comprei uma câmera nova, uma DSLR da Canon. E como já tinha mais conhecimento, queria fazer projetos maiores, mais avançados, dedicar mais tempo a cada foto. Ainda era um hobby, mas eu queria ver até onde iria. E quando passei a postar esses trabalhos na internet, comecei a receber alguns pedidos locais de trabalho comissionado.
Erik - Foi anos depois, por volta de 2009, quando eu estava estudando engenharia computacional. Um amigo meu comprou uma câmera, e por conta disso eu voltei a me interessar, acabei meio que "descobrindo" a fotografia uma segunda vez. Cerca de um ano depois, eu também comprei uma câmera nova, uma DSLR da Canon. E como já tinha mais conhecimento, queria fazer projetos maiores, mais avançados, dedicar mais tempo a cada foto. Ainda era um hobby, mas eu queria ver até onde iria. E quando passei a postar esses trabalhos na internet, comecei a receber alguns pedidos locais de trabalho comissionado.
G1 - Mas durante a graduação, em que momento você decidiu que seguiria apenas como fotógrafo dali em diante?
Erik - Não foi exatamente um momento... Quando eu me formei em 2010, já estava fazendo alguns trabalhos paralelos em fotografia como freelancer para algumas agências. Isso foi como uma transição, e eu achei que seria mais difícil se já começasse em um emprego na minha área de estudo e depois quisesse migrar para a fotografia. Então decidi ficar só como freelancer por um ano, para ver como seria. Se eu não ganhasse dinheiro suficiente ou se simplesmente não desse certo, eu procuraria algo na minha área de estudo. Mas acabou dando certo, mudei-me para uma cidade maior na Suécia, decidi ficar na área por mais um ano... E há seis meses me mudei com minha namorada para Berlim.
Erik - Não foi exatamente um momento... Quando eu me formei em 2010, já estava fazendo alguns trabalhos paralelos em fotografia como freelancer para algumas agências. Isso foi como uma transição, e eu achei que seria mais difícil se já começasse em um emprego na minha área de estudo e depois quisesse migrar para a fotografia. Então decidi ficar só como freelancer por um ano, para ver como seria. Se eu não ganhasse dinheiro suficiente ou se simplesmente não desse certo, eu procuraria algo na minha área de estudo. Mas acabou dando certo, mudei-me para uma cidade maior na Suécia, decidi ficar na área por mais um ano... E há seis meses me mudei com minha namorada para Berlim.
G1 - Você diz em seu site que quer começar a explorar as manipulações também em filmes...
Erik - Sim! Ainda estou aprendendo a mexer nos softwares e descobrindo como vou desenvolver esse trabalho. Sinto que algumas das ideias que eu tenho precisam ir além de apenas um quadro, uma imagem. Eu quero contar uma história com mais de uma cena, e acho que isso foi o que me empurrou na direção dos filmes. Acho que esse plano vai estar mais bem desenvolvido dentro de um ano ou algo assim. Penso em coisas pequenas, como curta-metragens de alguns minutos. De vez em quando faço trabalhos como freelancer; também ajudo outros fotógrafos com retoques, pós-produção, e às vezes fotografo e faço retoques. Na maioria das vezes é algo em publicidade. Mas o que realmente importas para mim são os projetos pessoais. Mesmo assim às vezes preciso tocar alguns trabalhos comissionados para ganhar algum dinheiro (risos).
Erik - Sim! Ainda estou aprendendo a mexer nos softwares e descobrindo como vou desenvolver esse trabalho. Sinto que algumas das ideias que eu tenho precisam ir além de apenas um quadro, uma imagem. Eu quero contar uma história com mais de uma cena, e acho que isso foi o que me empurrou na direção dos filmes. Acho que esse plano vai estar mais bem desenvolvido dentro de um ano ou algo assim. Penso em coisas pequenas, como curta-metragens de alguns minutos. De vez em quando faço trabalhos como freelancer; também ajudo outros fotógrafos com retoques, pós-produção, e às vezes fotografo e faço retoques. Na maioria das vezes é algo em publicidade. Mas o que realmente importas para mim são os projetos pessoais. Mesmo assim às vezes preciso tocar alguns trabalhos comissionados para ganhar algum dinheiro (risos).
G1 - Você tem um blog em que mostra como algumas das suas fotos são produzidas. De onde surgiu esse interesse?
Erik - Desde que comecei a colocar minhas imagens na internet, pessoas passaram a fazer perguntas e a me pedir tutoriais, esse tipo de coisa. Não sou muito bom com tutoriais, mas fico feliz em mostrar como resolvo alguns problemas para fazer as fotos. Também já gostava de ver como as outras pessoas fazem seus trabalhos, é legal compartilhar. Mas também é preciso balancear, acho bom que fique algo de mistério em cada foto. Nunca exponho tudo por completo sobre uma fotografia.
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G1 - O que originou a ideia para essa sua nova fotografia, a "Cut and fold"? Você vai explicar como ela foi feita no seu blog?
Erik - Tive a ideia para "Cut and fold" vendo revistas com indicações para corte. Aquelas linhas tracejadas ou pontilhadas com o desenho de uma tesourinha, sabe? Pensei em aplicar essa ideia na faixa central de uma rodovia e fazer com que a paisagem pareça começar a se dobrar depois do corte. Acho que vou publicar o making of só daqui a uns dias, para fazer um suspense e deixar as pessoas pensando um pouco.
Erik - Tive a ideia para "Cut and fold" vendo revistas com indicações para corte. Aquelas linhas tracejadas ou pontilhadas com o desenho de uma tesourinha, sabe? Pensei em aplicar essa ideia na faixa central de uma rodovia e fazer com que a paisagem pareça começar a se dobrar depois do corte. Acho que vou publicar o making of só daqui a uns dias, para fazer um suspense e deixar as pessoas pensando um pouco.
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